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VIII Encontro Nacional de Professores de Latim

ENSINAR E APRENDER LATIM HOJE:

Uma agenda para a (re)existência

O tema deste evento da Associação Brasileira de Professores de Latim (ABPL) poderia, à primeira vista, soar como um contrassenso, já que a área de Estudos Clássicos costuma parecer vinculada às instituições ditas conservadoras, tradicionalistas, dado o fato de que a natureza de seu principal objeto de estudo – a Antiguidade e sua permanência – por vezes é vista associada a estruturas de cunho classicizante, canonizante e, muitas vezes, colonialista.

 

De alguma forma, nós, docentes de latim do eixo sul global, que vivemos as intensas discussões sobre decolonialidade e reposicionamentos de ideias e ideais históricos e culturais, nós somos colocadas e colocados como símbolos de uma instituição descolada das demandas contemporâneas, como se o vínculo ao estudo do antigo nada tivesse a dizer ao que somos contemporaneamente.

 

Então, em alguma medida, a docente e o docente de latim, se não fazem parte de um grande e estabelecido centro de estudos clássicos, costumam, muitas vezes, se ver, por um lado, desassistida ou desassistido do apoio dos pares e, por outro, sobreviventes, em geral isolada e isolado, em suas instituições pelo país afora, e tendo que lidar de tempos em tempos com as negociações curriculares decorrentes das demandas de legislação acadêmica.

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Vivemos um tempo de rediscussão curricular, em função de exigências da resolução do Conselho Nacional de Educação – CNE/CP no. 02, de 20 de dezembro de 2019, conhecida como BNC-Formação, que tem ocasionado ambientes de debates calorosos sobre a permanência de disciplinas de Língua e Cultura Clássica Grega e Latina frente às demandas de inserção de novos componentes curriculares para cursos de formação de professores. Sim e então, nesse sentido, não haveria uma palavra melhor para tratarmos de uma pauta da área senão por meio de um trocadilho com a (re)existência. A inclusão de novos componentes curriculares para a formação da professora e do professor nos convida ao diálogo, não à exclusão. E a ABPL quer tomar como eixo de discussão para seu evento de 2022 a construção de uma agenda que forneça à professora e ao professor subsídios para os enfrentamentos, para as negociações, de modo que, com o apoio da área, possam trazer consigo o amparo de uma instituição.

 

O evento de 2022, então, dará continuidade à sequência de ações da ABPL como uma instituição de direito, devidamente registrada, e disposta a contribuir com as docentes e os docentes em suas jornadas de permanência.

 

Convidamos a todas e todos a participarem das atividades que a Associação vem realizando em preparação para o VIII Encontro Nacional de Professores de Latim, que ocorre de 14 a 18 de março de 2022.

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